segunda-feira, 26 de maio de 2008

Burrocrata

Falando à Folha da Manhã, o Presidente estadual do PT admite a aliança com o PSDB para a disputa do pleito de outubro, mas mostra-se reticente e pouco informado sobre o quadro local - apesar da crise política instalada no município nos últimos meses.
Se não está desinformado, se excede nas deferências ao grupo hegemônico no atual DM, nominando dois de seus representantes como avalistas do posicionamento que irá adotar. Por outro lado, não menciona a base social do partido, nem outros quadros com densidade eleitoral. No aspecto cacife eleitoral, limita-se a prestigiar Makhoul. Tem lógica, mas ainda não há clareza sobre os efeitos da participação petista no governo Mocaiber - da qual foi principal avalista - na popularidade do companheiro. Quando se refere ao atual Presidente do DM, parece estar querendo legitimar-se a si mesmo, tal qual diante um espelho.
Sem histórico eleitoral, Alberto Cantalice construiu sua "liderança" por meio de dedicação à máquina partidária e conchavos entre tendências. Credenciando a burocracia local, credencia-se a si mesmo. Há de aparecer algum comentário aqui me cobrando por uma história de dedicação à mesma máquina partidária. Não nego esta história e me orgulho dela. Mas não vendi minha alma ao Diabo, nem trilhei o caminho fácil da filiação massiva, transformando família, vizinhos, amigos, conhecidos, periquito, papagaio e geral em... GARRAFAS!

2 comentários:

felixmanhaes disse...

Bem analisado, companheiro Fábio,
Uma das deficiências no diferente mundo democrático do PT e que devemos combater é este equivocado estilo de fazer política interna, potencializando-se através do "engradamento" de companheiros, quase sempre desinformados e até alienados políticamente. Nós da oposição, e você é testemunha disso, porque participa dela, temos um grupo bastante hetegorêneo, com independência de pensamento e posicionamento, mas com uma característica: quando a proposta é nobre, há um natural agrupamento em torno dela, sem que as mesmas sejam tratadas como garrafas. Não se deve ter medo de oposição, quando a causa é nobre. Ou seja, homenageando o bloguista Amaro Bicho Cão e outros repentistas de plantão:

Quando a proposta é boa,
nunca se trabalha à toa!

Anônimo disse...

Gostaria de fazer uma proposta para analise do Dr, Mackoul, que admiro muito, do diretório e dos filiados do PT.
Está se discutindo muito a Terceira Via para prefeito, mas pouco se fala das eleições para vereador. De nada adiantará o candidato da Terceira Via ganhar as eleições, se tiver uma bancada de apoio fraca ou até mesmo ausente.
É sabido que o PT não conta com um puxador de votos e nem com candidatos conhecidos fora de suas bases. Então porque, não lançar como candidato a vereador o o membro mais conhecido do partido e que nas ultimas eleições provou ser bom de voto. Eu estou falando do Dr. Mackoul. Acredito que se ele aceitasse, certamente seria o mais votado da historia de Campos e o partido poderia ter a maior bancada da câmara e mesmo que não elegesse o candidato do PT a prefeito, teria condições de influir positivamente nos rumos políticos de nossa cidade.
Deixo a sugestão para ser pensada e amadurecida. Estou propondo uma política de longo prazo e que poderá mudar a face de nossa cidade.