terça-feira, 2 de outubro de 2007

COMPROMISSO HISTÓRICO

O historiador Eric Hobsbawm é um clássico vivo. Aos 90 anos, o autor de Era da Revoluções não se contenta em ser reconhecido como o mais importante em sua especialidade. Ao contrário, continua ativo como intelectual participativo do debate público. Pois é nesse debate que sua coerência e consistência são testadas todo o tempo. No último domingo, ele concedeu ao Jornal Folha de São Paulo a entrevista que tem trecho selecionado logo abaixo.

FOLHA - O sr. diz que seu objetivo ao escrever 'Globalisation, Democracy and Terrorism' era ajudar os jovens a enfrentar o século 21 com o pessimismo necessário. Por quê?
HOBSBAWM - Não gostaria que isso fosse tomado como apenas a impressão de um velho homem. O fato é que as perspectivas simplesmente não são boas. Não me refiro apenas à política internacional, mas também aos assuntos relacionados ao ambiente. Hoje já não se pode dizer tão seguramente, como se podia ao longo dos séculos 19 e 20, que estamos num caminho de progresso e que as coisas só vão melhorar. Questões como crise de energia e falta de água são reais. Outro processo que não vai parar é o da globalização, e talvez o preparo que se exija dos jovens é para que saibam como vão lidar com essa aceleração dramática. Como o otimismo é uma característica tão natural na juventude, é preciso que reflitam sobre como direcioná-lo a alvos certos.
Para conferir na íntegra clique aqui.

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