quarta-feira, 10 de setembro de 2008

O nome da Rosa

Em comentário a um post do último domingo, o Professor e Assistente Social Renato Gonçalves, amigo e colaborador do blog apresentou as seguintes ponderações sobre a questão do requerimento da candidata do PMDB à Prefeitura de Campos ao TRE no sentido de que seu nome apareça na urna simplesmente Rosinha:

"(...)o "afastamento" de Garotinho dos microfones da Rádio de mesmo nome [O Diário] não passou de uma estratégia de se afastar da cidade como meio de tentar não queimar sua candidata esposa,e portanto não estando descolado da tentativa da candidata de não ser chamada pelo nome que ela mesmo registrou como também sendo seu.
Assim volto a afirmar a questão como tentativa de enganar o eleitor tendo sido o afastamento do Garotinho parte desta farsa que até alguns blogueiros cairam."


Dialogando
Caro amigo Renato,
Este blogueiro não considera que "caiu" na versão da demissão de Garotinho da Rádio Diário FM, e reconhece que o episódio foi estranho. Contudo, pessoalmente, também não julgo ter elementos para classificar o acontecido como farsa. Considere que o recente retorno do comunicador João Oliveira ao horário matinal da mesma emissora, com seu discurso aulico e trazendo a tira colo o ex-secretário de comunicação do Macabro é também bastante estranho. Até que ponto o eventual jogo de cena de Garotinho admitiria ceder tal terreno ao adversário? Até que ponto os interesses comerciais - políticos ou não - do proprietário do grupo de comunicação, admitidos pelo próprio como prioritários em recente entrevista a uma revista da cidade se sobrepõem - ou se combinam? - com os interesses de Garotinho? Não consigo avaliar com segurança este quadro!
Quanto à questão do "nome da Rosa", pode ser que seja motivada por questões de marketing eleitoral e pesquisas qualitativas, mas, particularmente, acho que é uma bobagem perder tempo com este debate pelas seguintes razões:
1- Realmente penso, como vc já sabe, que é direito de um(a) candidato(a) optar pelo nome com o qual se apresenta ao eleitor - desde que não incorra em falsidade ideológica - não vejo sentido em imputar à candidata em tela um apelido de seu marido, ainda que tal gesto possa ser classificado como dissimulação e oportunismo;
2- Pesquisas recentes já provaram que o nível de informação do universo dos eleitores, incluindo as massas populares, é hoje muito grande. Os equívocos não mais se justificam por ingenuidade ou desinformação, e sim por outros fatores e/ou vícios. Quero dizer que é desprezível o número de eleitores campistas que desconhecem o - forte - vínculo familiar e político existente entre o casal. Assim, com todo o respeito aos estrategistas do PMDB, me parece pueril tentar desvincular a imagem de Rosinha da de Garotinho. Se a candidata conseguir crescer e alcançar a vitória, não será porque descolou sua imagem da de Garotinho. Essa hipótese pode se dar se a rejeição ao Macabro e a sua quadrilha do Telhado de Vidro se tornar para Arnaldo um fardo mais difícil de carregar do que para Rosinha seja o nome de seu marido.

Forte Abs.

2 comentários:

Anônimo disse...

Fabio, além dessas ridículas figuras que entraram na Diário(, vale lembrar que vários radialistas que são próximos ao Garotinho foram demitidos da rádio.

Julião disse...

Fabio, você disse tudo que eu tinha vontade de dizer. Parabéns pelas sabias e esclarecedoras linhas.