Mais cedo registramos aqui manifestação do companheiro Alexandre Rodrigues, do Diretório Regional do PT, reivindicando comissão de ética para os responsáveis pela absurda impressão de panfletos contra Gabeira na campanha do Rio, por encomenda do Diretório Municipal e envolvendo recursos maiores que os destinados pelo partido para a campanha de Molon no 1º turno.
Também em Macaé, a companheira Ivânia, ex-vereadora, militante histórica das lutas dos profissionais da educação e uma das referências na campanha do vereador eleito naquele município, Danilo Funke, reagiu a bravatas de dirigentes locais derrotados nas urnas com a seguinte nota, publicada no jornal O Debate:
Quem tem moral para falar em punição no PT?
21/10/2008 - 09h03m
No dia 28 de abril de 2007, o Diretório Municipal de Macaé decidiu pelo não-apoio ao governo de Riverton Mussi. Alguns membros dirigentes se articularam com o Diretório Regional e desrespeitaram a decisão do partido local. A partir daí, aliciaram filiados, oferecendo cargos na prefeitura e levaram o P.T. à desastrosa coligação com o PMDB.
Agora, esses dirigentes que armaram uma sucessão de golpes na democracia partidária, filiando sem critérios e deixando de lado a formação política, vêm falar em fidelidade ao Estatuto do partido.
Em nota publicada nesse jornal, um grupo que se diz petista coloca-se como guardião da legalidade dentro do P.T. Eles se esquecem de que um verdadeiro petista, principalmente no exercício da vereança, jamais se calaria quando o EXECUTIVO faz desapropriações de terra de forma questionável, ou quando o Executivo contrata cerca de 3000 assessores, dentre os quais muitos recebem grandes salários sem trabalhar.
O P.T. que participou do governo se calou, foi silenciado com D.A.S. e secretarias. Deixou que desmandos acontecessem, com a conivência dos que foram mordidos pela mosca azul. E ainda acham que têm moral para advertir os membros do P.T. que não apoiaram o candidato do PMDB!!!
Seria bom que aqueles candidatos a vereador pelo P.T., que estiveram ao lado do governo Mussi, interpretassem a linguagem das urnas: o povo macaense disse não a vocês. O único candidato a vereador eleito pelo partido foi aquele que não apoiou a reeleição de RIVERTON MUSSI. Por sinal, uma reeleição de quem ganhou- perdendo, pois a máquina administrativa é que "salvou a pátria", sustentando uma campanha milionária.
Como integrante do P.T. desde 1984 (24 anos) eu faço um apelo à lucidez e ao bom senso dos que assinaram a publicação do último domingo: não envergonhem mais o partido, façam a devida autocrítica e reconheçam que é preciso reconstruir a imagem do P.T. em Macaé; não a partir de cargos na prefeitura, mas sim na defesa dos interesses coletivos mais amplos; não a partir de questões pontuais que dois ou três petistas efetivaram no Poder Executivo, mas sim com a certeza de que, sem alguns princípios éticos, é impossível fazer um governo democrático e popular.
Ivania Ribeiro
Ex- vereadora do P.T
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
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