A esta altura do cameonato, mais de 12 horas após o último debate da campanha eleitoral em Campos, tudo já deve ter sido dito sobre o mesmo.
Até as manchetes dos dois jornais mais vendidos nas bancas locais, cada um articulado com uma das candidaturas envolvidas no pleito, destacam em suas manchetes das edições de hoje que "ataques" e "troca de farpas" deram a tônica do último debate. Pelos blogs, parece que há unanimidade sobre o melhor desempenho de Rosinha. A Folha não traz avaliação, o que parece confirmar as opiniões da blogosfera.
Apesar do "atraso", por motivos de força maior, este blog, como espaço de OPINIÃO, traz aos seus leitores alguns apontamentos sobre a contenda.
Apesar do nível do debate não ser satisfatório, fato admitido pela imprensa escrita, consideramos que desta feita as agressões foram menos intensas, ou mais polidas do que no debate da Record, mas isso não muda o quadro lamentável observado.
Rosinha, mais segura no vídeo explorou o questionamento da situação eleitoral de Arnaldo, favorecida pela decisão da véspera do TRE. Além disso, explorou bem questões como os problemas no abastecimento d'agua em Travessão e o descaso com o centro histórico e o seu Patrimônio arquitetônico. Frente a um discurso politicamente correto de Arnaldo, apontou o infeliz projeto da última Reforma da Praça do Santísssimo, e o abandono de outros espaços como o Solar do Visconde de Ararauama como prova do contrário. Explorou bem também a ambiguidade nas relações entre Arnaldo e Mocaiber. Sobre os apoios declarados - pela campanhado PDT! - de Lula e Sérgio Cabral, disse não contar com "amizades", mas sim com parcerias institucionais com Estado e União em favor do município. Pôs ainda Arnaldo na defensiva ao questionar como afinal seriam construídas casas populares em seu governo pré-moldadas ou convencionais, aproveitando materiais produzidos pelo pólo cerâmico local? Xeque-mate, apresentou um estudo provando a inviabilidade econômica do "metrô de superfície" sem subsídios públicos, destacando ser o projeto antieconômico para a iniciativa privada e deficitário em caso de eventual investimento estatal.
Já Arnaldo tentou demonstrar tranquilidade apelando para "denúncias" e ironias. Passou do tom de novo em referências a Álvaro Lins. Sobre a polêmica a respeito das responsabilidades da concessionária Águas do Paraíba em Travessão demorou um bloco para replicar Rosinha. Pareceu orientado por dica que soou extemporânea. Faltou um ponto eletrônico. Sobre alguns aspectos, o Deputado pareceu viver em um estranho mundo que certamente não é Campos:
Temos farta oferta de empregos no município, em função do FUNDECAM?
Beth Landim desenvolve trabalho de qualidade na SMEC, superior ao da antecessora Maria Auxiliadora Freitas?
Os recursos dos royalties tem sido utilizados positivamente?!
Em que mundo vive Arnaldo???
A este blogueiro continuou chocando o pouco conhecimento técnico e sobre dados estatísticos do município apresentados pelos candidatos, ao menos nos debates.
Assim como as propostas, o debate qualificado sobre a realidade da cidade que queram governar não foi prioridade para ambos.
FOTO: Leonardo Berenger (Folha da Manhã)
sábado, 25 de outubro de 2008
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3 comentários:
Em que mundo vive Arnaldo?
Resposta: Eu vivo sempre no mundo da lua............
Por isso que voto 12 .No 1º Turno votei em Odete ... agora é 12!! é O melhor
Quezia, dê um lida no post acima, "Conversa com o leitor". Às práticas baixas do PDT citadas por Fábio (jornais apócrifos, funks "proibidões"), soma-se esta histérica que você acaba de manifestar, tão explorada nas ruas e nos programas políticos de TV, nos quais aqueles gritos de "Volta Arnaldooo! Loooogo!" beiravam o grotesco. E nem adianta dizer que é coisa do povão, ou que sou preconceituoso. A pessoa que gritou isso está muito longe de morar em casas populares ou dormir nas calçadas. Que horror!
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